Polícia sequestra carros de luxo e imóveis avaliados em R$ 35 milhões de investigados por desvio em contratos médicos em Sinop e outras cinco cidades

veículo sequestrado pela polícia — Foto: Polícia Civil
Espaço Patrocinado

A Polícia Civil cumpriu ordens judiciais, nesta sexta-feira (24), e sequestrou carros de luxo e imóveis avaliados em R$ 35 milhões. Os investigados são acusados de um esquema de fraudes e desvio de valores de empresas que prestam serviços médicos em hospitais de Mato Grosso.

As buscas e apreensões fazem parte da segunda fase da Operação Espelho e foram cumpridas em Alta floresta, Colíder, Cuiabá, Peixoto de Azevedo, Várzea Grande e Sinop.

Foram sequestrados 36 veículos e bloqueados mais de 20 imóveis. Entre os veículos estão marcas de luxo, além de camionetes e outros automóveis de alto valor de mercado, segundo a polícia. Também foram bloqueadas casas e lotes em condomínios de luxo, além de fazendas no estado.

Carro sequestrado pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (24) — Foto: Polícia Civil

De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram após a Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção) receber uma denúncia de que uma empresa contratada para fornecer médicos plantonistas para o Hospital Metropolitano em Várzea Grande, disponibilizaria um número de médicos inferior ao contratado.

Investigadores solicitaram ao hospital, a documentação contendo os registros das folhas de pontos dos plantões dos médicos fornecidos pela empresa. Segundo a polícia, com base na documentação, foram apontadas diversas irregularidades na execução dos contratos.

Com desdobramento das investigações, a Polícia Civil apurou que a empresa integrava um cartel de empresas dedicadas a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), no estado. Segundo a polícia, foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso.

A polícia descobriu que, especialmente durante o período da pandemia da Covid-19, os investigados intensificaram as ações, aproveitando da fragilidade e desespero de gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Segundo a polícia, por meio das empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado. Os serviços não eram fornecidos na forma contratada e, por vezes com consentimento dos agentes públicos fiscalizadores.

A polícia disse que pacientes eram internados nas UTIs desnecessariamente, visando o aumento dos lucros.

Os prejuízos apurados, até o momento, superam R$ 35 milhões, com potencial de aumento, conforme a investigação.

 

publicidade – clique para atendimento

 

 

 

 

Espaço Patrocinado
veja também
Padrasto simulou busca após matar enteada em Cuiabá e publicou apelo
UPA de Sinop atende quase 500 pessoas em um único dia de feriado
Curso ensina como transformar seguidores em clientes no Instagram
Padrasto e filho sequestram adolescente e jogam corpo em poço em Cuiabá
Mulher tem orelha arrancada pelo marido após ataque de ciúmes em MT