A Polícia Civil ouviu o casal envolvido no assassinato da adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, grávida de nove meses. Conforme o delegado Caio Albuquerque em coletiva na sexta-feira (14), em Cuiabá, a suspeita, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, confessou ter cometido o crime e afirmou que foi motivada pelo desejo de ficar com o bebê, após sofrer dois abortos seguidos. O marido dela, Cristian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, também foi interrogado e liberado após prestar depoimento.
Conforme a investigação, a mulher atraiu a adolescente com a oferta de doar roupas para o bebê, enviando a localização e pagando pelo transporte até o local.
A perícia constatou que a vítima foi encontrada enterrada no quintal da casa dos suspeitos, com cortes precisos no abdômen. Ela ainda estava viva quando o bebê foi retirado, e sacolas plásticas foram usadas para abafar seus gritos.
Após o crime, a acusada tentou registrar a recém-nascida como sua filha alegando ter dado à luz em casa. A equipe médica desconfiou e chamou a polícia.
O marido de Nataly, Cristian Albino Cebalho de Arruda, 28 anos, postou uma foto da bebê nas redes sociais com a legenda: “Seja bem-vinda, minha filha.” Ambos foram presos na quinta-feira (13), mas o rapaz foi liberado após depoimento.
Nataly, que se apresentava como bombeira civil e socorrista nas redes sociais, demonstrou domínio técnico no crime, segundo a Diretora de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano: “O corte foi preciso, preservando camadas e certeiro no útero.”
A recém-nascida está sob cuidados médicos e passa bem. A polícia investiga se houve cúmplíces no crime. Os outros três filhos da acusada passarão por exames de DNA para confirmar a maternidade.
Ela será levada à audiência de custódia e responderá por homicídio triplamente qualificado.
