Em uma estratégia de contenção de danos, o governo Roberto Dorner aposta no adiamento do início das atividades da CPI dos Ar-condicionados para ganhar tempo e força política.
Aliados da câmara defendem que as comissões sejam criadas após o dia 8, fim da janela partidária, o que, na prática, atrasa a instalação da CPI.
O argumento oficial apresentado é de que alguns vereadores estão trocando de partido, e cada partido tem representatividade na CPI.
O pedido da CPI dos Ar-condicionados foi solicitado após a descoberta de notas fiscais emitidas sem a devida prestação de serviços. Ainda assim, a base aliada de Dorner atua na câmara para retardar o processo de investigação.
Eles contam com o apoio do presidente do legislativo, Paulinho Abreu, que também defende aguardar o fim da janela partidária para abrir as comissões. “A gente está dando um prazo até o final da janela partidária porque justamente alguns vereadores estão trocando de partido, então cada partido tem sua representatividade na CPI. Então, a gente colocando esse prazo é até o dia 8 que a janela partidária fecha”, disse.
Por outro lado, o vereador da oposição, Mario Sugizaki, criticou com veemência o atraso na instauração da CPI, apontando que o parecer jurídico favorável foi emitido, e que o presidente está procrastinando o processo. “A verdade é que está enrolando para que possamos abrir logo essa CPI”, afirmou.
Ao todo, a CPI deverá apurar a emissão de aproximadamente 700 notas fiscais de instalação e manutenção de ar-condicionados em diversas secretarias, com valor aproximado de R$ 7 milhões.