Os réus Leonardo dos Santos Pires e Viner dos Santos Alves foram condenados pelo Tribunal do Júri de Sinop, nesta terça-feira (31), a 46 anos de prisão pelo homicídio de Luiz Ney da Silva. O proprietário de um mercado, no bairro Jardim Boa Esperança, foi assassinado a tiros dentro do estabelecimento em março de 2019.
As penas aplicadas foram de 32 anos de reclusão e 25 dias-multa para o primeiro, e 14 anos, seis meses e 15 dias de reclusão e 15 dias-multa para o segundo. A Justiça manteve a prisão preventiva dos condenados.
A Justiça concluiu que a ordem para a execução partiu de Leonardo Pires, um dos chefes da organização, que estava recolhido na Penitenciária Central do Estado (PCE). Como a vítima cultivava amizade com vários policiais militares, eles sempre se faziam presentes no mercado. E para Leonardo Pires, a frequente presença de policiais contribuía para o baixo rendimento das bocas de fumo instaladas na região, pertencentes à organização criminosa.
Relembre o caso
O crime ocorreu às 15h50 na Casa Comercial Mercado Maitá. Segundo a Polícia Civil, testemunhas disseram que dois homens estacionaram uma motocicleta do outro lado da rua do mercado. Eles atravessaram, foram até o mercado e fizeram os disparos contra Luiz. Em seguida a dupla fugiu.
Luiz foi encontrado caído no lado de dentro do caixa do mercado. Ele tinha ferimentos na cabeça e morreu no local. A perícia foi chamada e constatou que o comerciante foi morto com tiros nas cabeças e nas costas.
No bolso de Luiz a polícia encontrou R$ 1,4 mil e no caixa a quantia de R$ 1,2 mil. Os suspeitos não levaram nenhum objeto de valor ou dinheiro do estabelecimento.
