O senador Carlos Fávaro (PSD-MT), 53 anos, foi indicado para comandar o Ministério da Agricultura e Pecuária do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito por Lula nesta quinta-feira (29).
Fávaro participou ativamente da campanha do presidente eleito Lula, em Mato Grosso. O senador e o deputado federal Neri Geller (PP) foram os principais coordenadores da campanha petista no estado.
Em seu perfil no Twitter, o futuro ministro agradeceu ao presidente eleito pela nomeação e defendeu o avanço “sustentável, responsável e contemporâneo” da agricultura brasileira.
“É um desafio que assumo com o cuidado de quem sabe que está cuidando da comida no prato da própria família, de uma trajetória de vida que começa muito antes de mim e eu sei que vai além”, escreveu.

A partir do próximo ano, a atual estrutura do Ministério da Agricultura e Pecuária deve ser desmembrada em três ministérios: Agricultura e Pecuária; Pesca; e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
DESAFIOS
Com o setor do agronegócio dividido entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro, o futuro ministro assume com o apoio de dois dos maiores produtores agrícolas do país, os grupos Maggi e Bom Futuro, ambos do Mato Grosso.
Contudo, outros produtores de soja e milho de Mato, que fazem parte da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), da qual o senador já fez parte, divulgaram uma carta rejeitando, em novembro, o nome de Fávaro para o Ministério. Eles argumentaram que, por apoiar políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), Fávaro apoiaria invasões de terra. Além disso, a entidade decidiu ser retirar do Instituto Pensar Agro (IPA), entidade que dá suporte à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).