O empresário Milton Baldin, preso nessa terça-feira (6) pela Polícia Federal (PF) por incitar atos no Distrito Federal, prestou depoimento na manhã desta quarta-feira (07) na superintendência da PF, em Brasília, onde permanece preso. Ele deve passar por audiência de custódia ainda hoje. A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Baldin viajou cerca 1.398 km, de Sinop até Brasília, para participar das manifestações contrárias ao resultado da eleição presidencial. Ele aparece em vídeo convocando colecionadores de armas, atiradores esportivos e caçadores (CACs) para a diplomação de Lula em frente ao quartel do exército.
O empresário é casado, não tem filhos e vive, conforme o advogado Levi Andrade, dos serviços prestados pela escavadeira que possui para empresários de Sinop e municípios vizinhos.

Em vídeo gravado em 26 de novembro, Baldin pede para que pessoas que possuam armas legalizadas, como os CACs, se encaminhem à Brasília para se unir aos manifestantes. Na gravação, ele também confirma ter o certificado de atirador, o que também foi confirmado pelo advogado.
A data mencionada por Baldin era, até então, a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mudou a solenidade para o dia 12 de dezembro.
Defesa nega incitação
À reportagem, o advogado informou que a fala do empresário foi mal interpretada e que não incitou a participação de pessoas armadas nas manifestações em frente ao quartel. Segundo a defesa, ele apenas convidou a população que tem porte de arma para ir a Brasília para lutar pelo direito de permanecer armado.
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