O marido, João Damasceno, de Carla Daniela Padilha da Silva, de 29 anos, que morreu de meningite, no último sábado (16), acusou a Unidade de Pronto Atendimento da cidade de Sinop de negligencia médica. Segundo o mecânico, de 33 anos, os médicos não constataram os sintomas da doença e deram alta para a mulher, mesmo com dores de cabeça.
Ainda de acordo com o esposo, ele e os dois filhos, de 7 e 10 anos, não receberam nenhuma orientação da prefeitura, após a diagnóstico da doença da mulher. A meningite é contagiosa, podendo ser transmitida de pessoa para pessoa, por meio da respiração, saliva e secreções.
Carla buscou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na última quinta-feira (10), mas foi liberada após receber soro. O marido conta que perguntou aos enfermeiros sobre as manchas pretas no rosto da mulher, mas que deveria aguardar os resultados dos exames.
O esposo ainda relatou que um farmacêutico, após ver o rosto da mulher, alertou para os sintomas da meningite.
O estado de saúde de Carla piorou. Ela foi internada na unidade e transferida no dia seguinte em estado grave ao Hospital Regional de Nova Mutum.
Por meio de nota, a prefeitura de Sinop afirmou que prestou todo atendimento necessário para a paciente. O documento citou a meningite bacteriana aguda, mas não informa sobre medidas de contenção do vírus tomadas na unidade de saúde e com os familiares da mulher.
Segundo o Ministério da Saúde, o surto de meningite ocorre devido à circulação de uma variante do vírus ou bactéria que causa a doença, para o qual a população ainda não possui imunidade, por isso, a forma mais eficaz de prevenir a doença é a vacinação.
O SUS disponibiliza cinco vacinas contra a meningite. Duas delas são específicas contra os agentes causadores da doença.
